Já sabemos que milhares de cientistas e pesquisadores estão dando continuidade à evolução de tecnologias relacionadas ao armazenamento de energia. Por mais que as baterias de íons de lítio tenham se estabelecido firmemente nessa área há alguns anos, certas limitações que elas apresentam (como a duração) levou muitas empresas a buscarem novas alternativas.
Dito e feito. Com foco justamente no impasse da duração de uma bateriam, a companhia Fuji Pigment iniciou um projeto bastante promissor. Trata-se de uma bateria do tipo ar-alumínio que pode ser recarregada com água e dura até duas semanas. Curioso, não?
Para que isso funcione, o ânodo do alumínio, a partir do contato com o oxigênio, precisa produzir alumínio hidratado como um produto que poderia ser reciclado, possibilitando recargas na bateria. Para recarregar a energia, bastaria encher a estrutura de alumínio com água e pronto, uma recarga seria feita. A Fuji Pigment criou protótipos que chegaram a 0,7-0,8V de tensão e 400-800 mAh de intensidade de corrente por célula (10×10 cm).
Um dos maiores benefícios da iniciativa é o fato de que o alumínio é um metal barato que possui uma estrutura simples. Além disso, o elemento é capaz de “trabalhar” em temperaturas ambiente, evitando perigos de inflamabilidade e aumentando a segurança da tecnologia.
No entanto, é claro que o projeto possui barreiras. A maior delas é que esse tipo de ânodo tem rápida degeneração, dificultando o processo. Dessa forma, ele precisaria ser trocado constantemente, mas se sabe ainda com que frequência isso deveria ser feito.
Como ainda há muito o que aperfeiçoar, a previsão dos desenvolvedores é de que a nova bateria chegue ao mercado em até três anos. Sendo assim, é possível que as baterias de íons de lítio realmente já estejam com os dias contados.
Fontes: ExtremeTech, Olhar Digital