Cientistas criam células de energia superiores às das baterias atuais

Fonte: Hardware.com.br

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A origem? Combustível de jatos militares. Pois é, pesquisadores da Universidade de Utah descobriram um belo substituto para as baterias de íon-lítio, que hoje comumente alimentam dispositivos eletrônicos de todos os tipos. E o mais intrigante da descoberta recente é que o calor gerado pelo novo processo não é absurdo.

Segundo o centro de novidades da universidade, engenheiros conseguiram desenvolver uma célula que opera em temperatura ambiente e usa enzimas para ajudar o combustível a produzir eletricidade sem a necessidade de acender o combustível. Essa eletricidade seria capaz de alimentar dispositivos portáteis e sensores, por exemplo.

É importante ressaltar que células de combustível convertem energia em eletricidade através de uma reação química gerada por um combustível e por uma fonte rica em oxigênio, como o ar. Se há um fluxo contínuo de combustível, uma célula consegue gerar eletricidade de forma limpa e barata.

Enquanto baterias são comumente usadas para alimentar geradores e carros elétricos, células de combustível agora podem servir como geradores de energia em certos veículos, como carros-protótipo movidos a hidrogênio.

Como funciona a nova tecnologia?

O Jet Propellant-8 (ou JP-8) é um líquido baseado em querosene que contém altas quantidades de enxofre, resíduo que diminui o aproveitamento total do material e impede o uso de catalisadores. Como o nome sugere, é um combustível desenvolvido especialmente para jatos militares.

Fonte: Eglin Air Force Base

Fonte: Eglin Air Force Base

As enzimas catalisadoras da nova célula aceleram o processo de conversão em energia e permitem que ela ocorra em temperatura ambiente “tolerando” a presença do enxofre. Dessa forma, o combustível é melhor aproveitado do que no caso dos jatos.

“Células enzimáticas de combustível são um novo tipo de célula de combustível, portanto elas ainda não estão presentes no mercado”, afirma Shelley Minteer, professora de ciência de materiais, engenharia e química. “Entretanto, pesquisadores não puderam usar o JP-8 anteriormente porque eles não tinham as enzimas capazes de oxidar o combustível.”

A partir de agora, o foco dos cientistas é finalizar a criação da célula e melhorar a eficiência do processo. Será que em breve teremos essa tecnologia de células em baterias de dispositivos portáteis, como nossos tão queridos notebooks?

Fonte: Utah University

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